quarta-feira, 27 de abril de 2011

Yob e o pote de ouro



Saímos à procura do formigueiro: eu, o ajudante de Ésquilo Esquilo Amarelo, o coronel da tropa do Elefante Sábio Pesadão e o próprio Rei Cotia. O céu escuro, mas uma nesguinha clara atravessava ali, meio dor, meio tempo. Vimos todas as formigas, todas, que estavam em marcha, sem esbarrão. Foi aí que Pedrês, aquele do jardim da vendedora de frutas, perguntou: - Por que são tão apressadas? Foi aí que eu respondi: - Não sei. Foi aí que Pesadão respondeu: - Porque querem guardar. Foi aí que acabei pensando e pensei bem no meu lugar, diferente dos amigos que estiveram na floresta. Eu nem imaginava que Zordeguino fosse tão valente e que o nome fosse Zordeguino. Fiquei assustada com Grália de Peito Aberto, a garça que estava observando a nossa busca, na ponta de um galho seco. - O que fazem aqui, uma propriedade privada?, perguntou por três vezes seguidas, som meio blues. Foi aí que nem pensei nas formigas, pensei na chuva que vinha, bem mansinha. O pote de ouro, nesta expedição, foi encontrado por um bicho que não nos visitava há um bom tempo, Yob. A chefe da ala carnavalesca das formigas o conhece. E foi aí que comemos todo o ouro, todo o pote, para ninguém saber do que estávamos planejando em fazer com a cidade que encontramos, depois do barranco. Todas as abelhas estavam por lá, em posição.


Texto publicado no meu blog anterior (2008)

3 comentários:

  1. Essas histórias me lembram os meus livros infantis, que eu lia naquela época em que acreditava em fadas....bom poder relembrar!
    Bjs

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  2. Cris, lendo suas palavras até parece fácil escrever....
    Bjs.

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