Zélida sabia que ser aranha era um privilégio. Rodolfo, gafanhoto, há vários anos não entendia por que tanta habilidade em tecer um mundo de faz-de-conta.
- É realidade! – retrucava Zélida, questionada por Rodolfo, amigo de Pablo besouro, que ficava tentando desestruturar o talento da aranha benevolente. Ela apenas fiava, fiava, sem interromper a sua meta.
Um belo sábado, uma formiga desconhecida estava procurando alimento.
- Olá! – falou Pablo.
A formiga continuou seu trajeto, sem responder, mas resolveu deixar um pedaço de folha na teia. Naquela noite, todos foram convidados para um banquete. O bolinho de folha enrolada, regado a neblina, ficou uma delícia.
Depois da meia-noite, Rodolfo começou a estudar mais a natureza e batizou a formiga: Gina.
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