O homem de paletó sentou no banco da praça, atônito, com um olhar perdido nos seus papéis. Ao lado, no chão, sentou um vira-lata, tranqüilo, conformado com um pedaço curto de acém que havia jantado. O homem não entendeu aquela tranquilidade, respirou, observou o céu nublado da noite estranha. Outono. Mesmo assim, continuava com uma saga de impaciência, ao perceber que não havia organizado os papéis. A ordem alfabética seria o começo. O vira-lata coçou o focinho, lentamente. Ao longe, viu mais dois vira-latas atravessando a rua. Voltou ao seu estado de sonolência. O homem o chutou.
Que chute...muito bom..
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