Naquela tarde, ouvi uns violinos por entre os carrapichos. Não sei se eram as hospedeiras, fazendo uma petição sublime ou se eram mesmo os pirilampos, treinando as luzes para o anoitecer. Ao mesmo tempo, soavam os clarinetes, acenando um diálogo simples das folhas caindo e das outras nascendo. Por ali, uma turma de lagartos, fungos e besouros ouvia pacientemente. Todos em reverência ao Sol se alinhando no horizonte para recompor outra canção, em outro lugar. Naquela tarde, vivi a certeza de que as flautas estavam realmente guardadas nas copas das árvores, à disposição de algum passarinho que ainda não aprendeu a tocar sua própria melodia. Na beira do rio, as harpas festejavam a correnteza.
sexta-feira, 11 de maio de 2012
A música secreta das árvores
Naquela tarde, ouvi uns violinos por entre os carrapichos. Não sei se eram as hospedeiras, fazendo uma petição sublime ou se eram mesmo os pirilampos, treinando as luzes para o anoitecer. Ao mesmo tempo, soavam os clarinetes, acenando um diálogo simples das folhas caindo e das outras nascendo. Por ali, uma turma de lagartos, fungos e besouros ouvia pacientemente. Todos em reverência ao Sol se alinhando no horizonte para recompor outra canção, em outro lugar. Naquela tarde, vivi a certeza de que as flautas estavam realmente guardadas nas copas das árvores, à disposição de algum passarinho que ainda não aprendeu a tocar sua própria melodia. Na beira do rio, as harpas festejavam a correnteza.
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Cris você sempre mandando super bem com as palavras!!!!
ResponderExcluirConsegue dar forma, emoção e alegria em uma composição melódica e poética.